Pois é, meus amigos, o Josivaldo aqui tá com um problema digno de novela das seis: meu topázio incolor, aquele que comprei na Feira do Arraias, no Tocantins – terra de garimpeiro corajoso e pedra bruta – desapareceu feito água no rio! E olha que ele era pequenininho, só 2cm, mas brilhava que era um orgulho. Tá, confesso: deixei a caixa de minerais na sala, e quando voltei, tava tudo revirado. Últimos suspeitos? Meus sobrinhos, o Lucas e a Júlia, que vieram passar o fim de semana e têm mais energia que vulcão em erupção.

Mas antes de sair correndo pra revistar os bolsos das calças deles (já fiz isso, sem sucesso), vamos falar desse topázio que tá me dando dor de cabeça. Ele era incolor, mas não sem graça – oh, nada disso! Topázio assim é como diamante discreto: sob luz certa, solta uns reflexos azulados que deixam qualquer joalheiro babando. E olha que no Arraias, TO, ele tava lá, misturado num lote de quartzos, quase passando despercebido. Só olho treinado pra identificar!

Por que topázio incolor é especial? Quimicamente, é um silicato de alumínio com flúor (Al₂SiO₄(F,OH)₂, pra quem gosta de fórmula). Dureza? 8 na escala Mohs – ou seja, risca vidro feito canivete em manteiga. E apesar de ser "incolor", ele pode ter nuances: amareladas, azuis, até rosadas, dependendo das impurezas. O meu era puro, quase como gelo, mas com aquela energia de pedra que já rodou milhares de anos na crosta terrestre.

E onde achar topázios no Brasil? Além do Arraias (TO), tem em Minas Gerais (Ouro Preto, gente!), Goiás, e até no RS, na Serra do Sudeste. Mas atenção: garimpar sem permissão é furada! Melhor comprar de comerciante certificado ou, como eu, garimpar em feiras de mineralogia – onde até criança acha pedra preciosa (suspiro dramático).

E as propriedades energéticas? Dizem que topázio incolor é como um "reset" espiritual: clareia a mente, afasta energias pesadas e ainda atrai prosperidade. No horóscopo, combina com Leão (orgulho) e Sagitário (aventureiro). E pra quem acredita em cristaloterapia, ele fortalece o chakra coronário – aquele do "toque divino". Mas confesso: no momento, tô é precisando que ele fortaleça meu chakra da paciência!

Voltando ao mistério: onde está meu topázio? Já revirei a chácara em Sinop, MT, olhei dentro do chimarrão (sim, desespero), e até perguntei pra Marilda se ela viu. Nada. Minha teoria? As crianças acharam que era "diamante de pirata" e enterraram no quintal pra depois desenterrar – só que esqueceram onde. Ou pior: jogaram no córrego atrás de casa, achando que ia brilhar feito estrela d’água. Se for isso, pelo menos o cenário tá digno da foto que tirei dele: entre reflexos de sol e sombra, no meio da natureza.

Dica pra não perder pedras: Colecionador que se preze tem que ter:

  • Caixas com divisórias (e trava à prova de criança curiosa)
  • Etiquetas (porque topázio incolor pode ser confundido com quartzo hialino)
  • Um bom seguro (ou esconderijo que até GPS perde)

Enquanto não acho meu tesouro, fica o aprendizado: topázio incolor é pedra de mestre, mas criança é o verdadeiro terremoto – e ambos são irresistíveis. E se você, assim como eu, é fissurado por minerais, conta aí nos comentários: já perdeu alguma pedra pra "expedições infantis"? Dicas de busca são bem-vindas... antes que eu precise garimpar o quarto dos pequenos a luz da lanterna!

Publicado por: Gemologia Curiosa