Ah, meus amigos, hoje o dia amanheceu com um presentão dos deuses da geologia! Chegou pelo correio, num pacotinho discreto, mas com um brilho que quase cegou meu olho de tatupeba acostumado a garimpar belezuras: uma pirita brutinha, direto das terras históricas de Ouro Preto, Minas Gerais. E adivinha? Ela vai direto pro kit do Mateus, meu leitor de Nova Mutum que tá montando uma coleção pra ninguém botar defeito. Faltam só 3 pedras pra fechar o pacote, e essa aqui, pode anotar, é uma das estrelas!

Mas segura o chimarrão que a história dessa pedra é mais enrolada que cobra em pé de meia. A pirita, também conhecida como 'ouro dos tolos', já enganou até os mais experientes garimpeiros com seu brilho metálico que imita o ouro verdadeiro. A diferença? O ouro é mole que nem banana madura (dureza 2.5-3 na escala Mohs), enquanto a pirita é durona (6-6.5)! Se bater com o martelo, o ouro amassa, a pirita solta faísca – daí o nome, que vem do grego 'pyr' (fogo).

Essa da foto, com seus 3cm de pura personalidade, veio cheia de histórias pra contar. Nasci em solo mineiro, onde os bandeirantes no século XVII confundiam-na com ouro – daí o apelido pouco glamouroso. Mas na moral? Ela vale muito mais que ouro pra nós, amantes das pedras. Na cristaloterapia, dizem que ela é a pedra da prosperidade e da proteção, afastando energias negativas melhor que alho contra vampiro. No horóscopo, é a queridinha de Leão e Sagitário, dando uma força extra na coragem e na sorte.

E pra quem quer achar pirita pelo Brasil afora, anota aí os melhores spots:

  • Ouro Preto (MG): Clássico! As minas históricas ainda cospem essas belezinhas
  • Ametista do Sul (RS): Sim, lá não é só de ametista!
  • Goiás: Na região de Cavalcante, os garimpeiros vivem topando com ela

Agora, se você desconfia que achou uma pirita (ou será ouro?), faça o teste do riscado: pegue um azulejo porcelanato não polido (aquele branco de obra mesmo) e risque a pedra. Se deixar um traço preto ou verde-escuro, é pirita. Ouro de verdade? Traço dourado, claro! E olha que curioso: na joalheria, a pirita tá virando trend justamente pelo seu ar 'fool's gold' – tem designers usando ela bruta em peças ultra modernas.

Quimicamente falando, ela é um sulfeto de ferro (FeS₂), e quando oxidada, pode até gerar ácido sulfúrico – mas calma, sua pedrinha não vai derreter sua prateleira! Só não recomendo deixá-la mergulhada em água salgada por anos, senão vira um mingau ferrugento.

E pra fechar com chave de ouro (ou de pirita?), essa aqui vai pro kit do Mateus com um bilhetinho especial: 'Cuidado pra não confundir com ouro e sair vendendo a preço de banana!'. Faltam só 3 pedras pra completar a coleção dele – e pelo andar da carruagem, vem surpresas melhores ainda por aí. Algumas dicas? Uma vem do fundo do mar, outra é mais colorida que arco-íris e a última... bem, essa eu guardo pra próxima história!

E aí, curtiu conhecer os segredos da pirita? Se tiver alguma pedra misteriosa aí na sua gaveta, manda foto que o Josivaldo desvenda pra você! E não esquece: as melhores histórias não estão nos livros, mas sim nas entranhas da Terra – é só saber escutar (e garimpar) direito!

Publicado por: Gemologia Curiosa